terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

"Rei Davi" vence transmissão do carnaval na Globo


A minissérie épica da Record derrotou a transmissão dos desfiles das escolas de samba do Rio durante confronto entre as duas atrações na noite desta segunda-feira (20).
A minissérie teve especial de duas horas e meia de duração e passou na Record entre 22h e 0h40. Nessa faixa de horário, Rei Davi marcou 14 contra 13 pontos em média da segunda e última noite de desfiles cariocas da Globo.
Os números de audiência são prévios do Ibope.
Na noite anterior, a Globo já havia sido derrotada pelo Domingo Espetacular, jornalístico da Record que marcou 14,5 pontos contra 12,7 no confronto com as apresentações das escolas de samba.
Cada ponto no Ibope corresponde a cerca de 58 mil domicílios na Grande São Paulo.
No momento de maior diferença entre as audiências, às 23h04, a Record ficou com 17 pontos, enquanto a Globo marcou 13 pontos.
Rei Davi vem derrotando sistematicamente as atrações que a Globo coloca para concorrer nos horários de exibição, às noites de terça e quinta-feira.
Esta é a primeira vez na história que a Globo perde no Ibope enquanto transmite os desfiles da escola de samba do Rio de Janeiro. A emissora carioca ficou em segundo lugar tanto na noite de domingo (19), quanto na de segunda-feira (20). Perdeu para a Record nos dois dias.
Veja gráfico do confronto das atrações nesta segunda-feira (20):
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A autoridade divina

Bispo Edir Macedo realiza encontro em São Paulo e fala sobre como se tornar príncipe e princesa de Deus

Por Eduardo Prestes
eduardo.prestes@arcauniversal.com


Na Reunião do Encontro com Deus do último domingo (19), às 9h30, no Cenáculo do Espírito Santo de Santo Amaro, em São Paulo, o bispo Edir Macedo falou sobre a proteção de Deus para todos os que têm o Espírito Santo. No encontro, transmitido pela Rede Aleluia e "IURD TV", ele explicou como se tornar príncipe e princesa de Deus.

No início da pregação, o bispo fez uma comparação entre pais e filhos. Enquanto as crianças têm percepção do que acontece apenas no presente, sem a capacidade para projetar o futuro, os pais se preocupam com essa situação e querem protegê-las e orientá-las para que não passem pelos sofrimentos pelos quais passaram em suas vidas.

O bispo declarou que Deus pensa grande para cada um de nós e que para enfrentarmos nossos problemas e alcançarmos a visão Dele, Deus nos dá o Espírito Santo, para que sejamos príncipes e princesas aqui na Terra.

Como ter a autoridade de Deus

Para mostrar como se tornar príncipes e princesas de Deus, o bispo Edir Macedo falou que, desde a criação, Deus tem dado a Sua autoridade ao homem: “O primeiro foi Adão, mas ele desobedeceu a Deus e perdeu esse direito. Depois, Deus procurou Noé, que passou essa autoridade para seu filho primogênito. Porém, novamente o homem errou e acabou perdendo esse direito. Mas Deus não desistiu e, tempos depois, passou Sua autoridade para Abraão, que a repassou para seu filho Isaque.”

O bispo lembrou a história de Jacó, que ludibriou o pai e o irmão para receber a bênção de Deus: “O poder da palavra da autoridade era tão forte que ela não podia ser revogada e passada para o outro filho que havia sido enganado. Porém, Jacó só fez jus a essa autoridade quando realmente mudou aos olhos de Deus e transformou-se numa nova criatura. O seu nome inclusive foi mudado para Israel. Foi de sua descendência que nasceram as 12 tribos. Dessa nação nasceu Jesus, o primogênito de Deus.”

Em seguida, o bispo explicou como ter a autoridade de Deus para enfrentar qualquer problema na vida, seja de saúde, financeiro ou emocional: “O Espírito Santo vem, envolve a pessoa e faz dela uma nova criatura, exatamente como fez com Jacó. Os seus amigos e parentes não vão reconhecê-lo, pois você será outra pessoa: um príncipe ou uma princesa de Deus.”

Para finalizar, ele disse que quem tem essa autoridade não mais se inclina diante dos problemas. “E quando você recebe o Espírito Santo, não é mais religioso. Deixa de ser católico, espírita, evangélico ou crente. Jesus Cristo passa a ser o seu Senhor.”

Programa Duelo dos Deuses com o Bispo Guaracy do dia 21/02/2012.

Duelo Dos Deuses
Assista na íntegra o programa Duelo dos Deuses com o Bispo Guaracy do dia 21/02/2012.











Carnaval: você já viu esse filme Carnaval: você já viu esse filme Carnaval: você já viu esse filme

Todo ano é a mesma coisa. O reinado de Momo já virou sinônimo de tragédias, milhares de acidentes, embriaguez, muitas brigas e assassinatos. Isso é festa?

 Da redação
redacao@folhauniversal.com.br
O roteiro não muda. A cada carnaval tragédias se repetem em razão do abuso dos foliões, que historicamente se aproveitam da data para exagerar. O que se vê no período de folia são pessoas agindo de forma intencionalmente descontrolada, como se não houvesse regras e o mundo fosse acabar depois da festa. “O povo incorpora nessas festas a ordem ao avesso, e os governantes são permissivos, já que se trata de um tipo de ‘válvula de escape’ para tensões sociais. Nesse dia o inverso vale: homem se veste de mulher, pobre pode virar rei etc. Até hoje a marca do Carnaval é a de que tudo aquilo que inverta a ordem social vigente – nos limites da segurança – seja permitido. É uma necessidade do ser humano de subverter o controle social, de protestar contra os deveres do dia a dia. O que todos, de certa forma, guardam no íntimo têm nesse dia permissão para ser mostrado”, analisa a professora e doutora em psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Liliana Liviano Wahba, que buscou a origem da comemoração para explicar os excessos cometidos nesse período.
Segundo ela, a festa do Carnaval surgiu na Antiguidade – representando rituais agrícolas de fertilidade e de renovação da terra – marcada por entusiasmo e danças. Depois, na Grécia, havia ritos para o deus Dionísio – ou Baco – do vinho e do teatro. “Aí o cristianismo medieval incorporou tais festividades antigas, datando-as antes da Quaresma. Rege-se pelo ano lunar e um dos significados prováveis etimologicamente seria ‘adeus à carne’ ou ‘carne vale’. Ou seja, antes da reflexão e da penitência, extravasam-se as necessidades ditas carnais, em oposição às consideradas espirituais”, ensina Wahba.
Mas no Brasil esses exageros foram crescendo a cada carnaval e hoje a violência é outra de suas marcas. Homicídios, embriaguez, brigas, acidentes de carro, divórcios, gravidez indesejada e contágio de doenças sexualmente transmissíveis se propagam pelo País no período da festa. “É como se o ato de transgressão – deboche, orgia, bebedeira, grossura, sexualidade exposta – tivesse uma aceitação da própria ordem social que os reprime. Nesses dias, há uma permissão para o lado proibido ocorrer normalmente”, diz Liliana.
Mas essa suposta liberdade causa transtornos que nem sempre são reversíveis, como no caso da proliferação de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). “Com certeza o que ocorre nesse período, com frequência maior a cada ano, é que aumenta o risco de contaminação das DSTs. Na prática, isso é visível e a contaminação aumenta por vários motivos. O principal deles é a mistura de festa com bebidas alcoólicas, o que deixa as pessoas mais relaxadas e sem tomar cuidado”, diz o médico de família e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Oscarino Barreto. Segundo ele, há outras preocupações além do HIV. Ele conta que percebe nitidamente uma prevalência de doenças como sífilis, hepatite B, cancro mole e HPV depois do feriado prolongado. “No carnaval, o risco fica evidente em razão das relações passageiras. Como hoje existe facilidade para viajar, as doenças transmissíveis se disseminam muito mais rapidamente também. Notamos uma maior ocorrência dessas doenças em gestantes pós-carnaval. O medo em relação a essas doenças é que na maioria das vezes elas são assintomáticas: não dão febre nem dor. Elas são doenças silenciosas, e a pessoa pode ser transmissora sem saber”, diz o especialista.
E há também um aumento da gravidez não planejada. “E como! Há um aumento de gestantes no pós-carnaval, além de os plantões após o carnaval registrarem ainda um crescimento significativo de agravos de hipertensão e diabetes”, crava Barreto. O risco da gravidez indesejada também pode ser medido pelas vendas de autotestes de gravidez. Segundo a empresa líder nesse segmento, há um aumento de 15% das vendas no período e nos dias seguintes ao carnaval. “Não há explicação única, é um conjunto de fatores: as pessoas bebem mais, a festa estimula muito a libido e fantasias deixam os foliões mais excitados. Esses fatores levam a ter mais exposição, mulheres ficam mais à vontade, além do aumento de consumo de álcool e outras drogas. Nos lugares em que a festa de carnaval é tradicional, é comum acabarem até os estoques de cerveja”, observa Barreto.
A psicóloga Liliana Wahba diz que a bebida desinibe, libera os controles, facilita a extravasão. Mas a especialista faz um alerta: “Se a bebida mudar radicalmente o comportamento, se, por exemplo, a pessoa se permitir abusar do outro ou ferir alguém, trata-se de outra índole de fenômeno. A violência que estava escondida, reprimida, é liberada com a desculpa do carnaval. Mas isso não é a festa em si’’.
Segundo ela, “o carnaval é faz de conta, é jogo, tem uma magia de poder atuar nas fantasias de cada um, de colorir o mundo além das obrigações”.
Exemplos clássicos dos distúrbios provocados pelo álcool são flagrados nos principais carnavais do Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, centenas de foliões são presos por urinar nas ruas nas festas dos blocos de rua. Já no Recife (PE) é hábito entre grupos de meninos cercar uma garota e só deixá-la sair depois que todos ganharem um beijo. A prática, que pode ser interpretada como estupro, está até na cartilha feita pela prefeitura local como uma atitude proibida. Em Salvador (BA), onde índices de alcoolismo e de violência pipocam e até um drink que leva remédio em sua composição faz sucesso, salta aos olhos a quantidade de brigas entre os foliões, além do assédio ostensivo às mulheres, embalado sempre por letras de músicas que incentivam a loucura e o sexo.
No atual carnaval baiano, além dos pagodões pornográficos e do tradicional ritmo do arrocha, a lista das letras de axé music já tem mais um hit de incentivo à folia previsto para ser sucesso e que leva em seu refrão a frase “beijar na boca até cansar”.
Mais uma vez, foliões iludidos vão ultrapassar os limites com a desculpa de querer extravasar a alegria, enquanto várias pessoas morrem por causa da festa que transforma muitos em bobos da corte.
A origem
Desde os primórdios da celebração do carnaval, adotada pela Igreja Católica por volta do ano 590, o excesso dita a festa, chamada de “carnaval” após adaptação da expressão “carnis valles” – sendo que “carnis” em latim significa carne e “valles”, prazeres. Atualmente, o tal “prazer da carne”, que um dia simbolizou o exagero celebrado pelos 40 dias de privação de carne antes da Semana Santa dos católicos, parece ter outra conotação.
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